Os distúrbios de aprendizagem são condições neurológicas que impactam de forma significativa o processo de aquisição de conhecimento e habilidades, tanto no ambiente escolar quanto na vida cotidiana.
Erroneamente, eles são confundidos com as dificuldades de aprendizagem, que é um problema que também impacta o desempenho escolar. Contudo, nesse caso, a resolução é mais simples.
Para você entender melhor a diferença entre dificuldade e distúrbio de aprendizagem e como os pais podem ajudar os filhos, acompanhe este conteúdo até o fim!
O que é distúrbio de aprendizagem?
Os distúrbios de aprendizagem são caracterizados pela falta de capacidade de um estudante adquirir ou reter informações, assim como desenvolver habilidades.
O problema pode estar relacionado à capacidade de atenção, compreensão e memorização, que afeta o desempenho escolar.
No entanto, é importante ressaltar que o distúrbio de aprendizagem não é a mesma coisa do que deficiência intelectual. Esta, por sua vez, impacta as funções cognitivas de forma mais abrangente.
E qual a diferença entre distúrbio e transtorno de aprendizagem? Nesse caso, não há diferença, ambos os termos são utilizados para descrever disfunções neurológicas que impactam no processo de aprendizado.
Qual a diferença entre distúrbio e dificuldade de aprendizagem?
Apesar do uso desses termos como sinônimos, existe uma diferença entre dificuldade de aprendizagem e distúrbio de aprendizagem.
A dificuldade de aprendizagem caracteriza-se pelo atraso no desenvolvimento de habilidades de comunicação e retenção de informações.
Isso interfere no aprendizado de competências, como escrita e leitura, que são importantes para seu crescimento pessoal, escolar e profissional, assim como para seu convívio na sociedade.
No entanto, é importante ressaltar que a dificuldade em aprender pode estar relacionada ao método pedagógico ou a questões emocionais.
Portanto, é possível que o estudante apresente dificuldade em alguma matéria escolar porque não foi alfabetizado corretamente.
Por isso, é importante que o aprendizado dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental seja bem estruturado, com metodologias de ensino adequadas à idade da criança.
Outro exemplo é se o estudante está vivenciando conflitos dentro de casa, que podem causar estresse e ansiedade.
A ansiedade estimula a produção de uma substância que afeta a memória de curto prazo, além de aumentar o cansaço e a insônia.
O estresse elevado, que ocorre pelo aumento da produção de cortisol, também altera o funcionamento do cérebro, como a concentração.
Ambos dificultam a interpretação e a retenção de informações, além de atrapalhar a atenção e o foco nos estudos.
Já o distúrbio de aprendizagem tem um impacto maior no desenvolvimento das crianças, porque tem origem no desenvolvimento neurológico.
Então, um estudante pode apresentar dificuldade de aprendizagem porque, na verdade, possui um transtorno. Entretanto, nem todo estudante que possui dificuldade também tem um distúrbio.
Tipos de distúrbios de aprendizagem
O transtorno de aprendizagem afeta o funcionamento do cérebro e atrapalha o desempenho escolar, além de prejudicar outras atividades do cotidiano.
Além do comprometimento da capacidade de compreensão e comunicação (inteligência linguística), o transtorno também pode dificultar o progresso de diferentes tipos de inteligência, como:
- Lógico-matemático;
- Espacial;
- Corporal-cinestésico;
- Musical;
- Intrapessoal;
- Interpessoal;
- Naturalista;
- Existencial.
Por isso, quanto mais cedo os distúrbios e transtornos de aprendizagem forem diagnosticados, melhor será para o desenvolvimento do estudante, como pessoa, profissional e cidadão.
Entenda melhor sobre como cada transtorno de aprendizagem afeta o aprendizado dos estudantes:
Dislexia
A dislexia afeta a habilidade de leitura e é caracterizada por dificuldades em decodificar palavras, lentidão e erros na leitura.
Indivíduos com dislexia apresentam uma capacidade intelectual normal. Contudo, enfrentam obstáculos no processo de aprendizagem da leitura, o que pode gerar desafios em diversas áreas acadêmicas.
Discalculia
A discalculia afeta a habilidade de lidar com conceitos matemáticos, portanto, o estudante possui dificuldade em realizar cálculos e resolver problemas matemáticos.
Pessoas com discalculia apresentam dificuldades em compreender números, entender relações numéricas e desenvolver estratégias eficazes para executar operações matemáticas.
Disgrafia
A disgrafia afeta a habilidade de escrita, o que interfere em aspectos como traçado das letras, organização espacial da escrita e dificuldade na expressão escrita.
Indivíduos com disgrafia têm problemas em produzir textos com letras legíveis, apresentar uma organização adequada no papel e se expressar de forma clara e coerente por escrito.
Dispraxia
A dispraxia afeta a coordenação motora, assim atrapalha questões relacionadas com planejamento e execução de movimentos voluntários.
Pessoas com dispraxia enfrentam desafios em atividades que envolvem habilidades motoras finas, como a escrita, o uso de utensílios e a realização de tarefas que exigem coordenação motora.
Afasia
A afasia afeta a capacidade de linguagem, por exemplo, compreensão e/ou produção da fala, leitura e/ou escrita.
Indivíduos com afasia podem apresentar problemas ao entender a linguagem, expressar-se verbalmente, ler e/ou escrever. Essa dificuldade compromete sua comunicação e suas interações sociais.
Transtorno de déficit de atenção (TDA)
O TDA é caracterizado por dificuldades em manter a atenção, a concentração e o foco em tarefas.
Pessoas com TDA enfrentam desafios em direcionar e sustentar sua atenção, o que pode prejudicar seu desempenho acadêmico e em atividades do cotidiano.
Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH)
O TDAH caracteriza-se pela desatenção, impulsividade e hiperatividade.
Indivíduos com TDAH apresentam dificuldades em manter a atenção, controlar seus impulsos e regular seus níveis de atividade, o que pode afetar seu desempenho escolar, social e emocional.
Como os pais e o Colégio Planck podem ajudar os filhos?
Se você percebeu que seu filho possui dificuldade em aprender, deve pedir auxílio de um profissional, como um psicopedagogo ou um neuropsicólogo, para realizar uma avaliação de distúrbio de aprendizagem.
Assim, o estudante deve seguir com o tratamento definido pelo profissional, que deverá fazer um acompanhamento constante do seu desenvolvimento.
Os pais devem manter uma comunicação constante com os filhos, além de criar um ambiente propício ao estudo, com rotinas e espaços adequados. Também devem oferecer apoio emocional e incentivar o esforço do estudante.
Atividades lúdicas e que estimulem os diferentes tipos de aprendizagem também podem ser benéficas.
Além disso, a metodologia de ensino do colégio, assim como a equipe pedagógica, deve ser capaz de atender às necessidades específicas de aprendizado da criança.
O estudante deve receber suporte dos professores para desenvolver suas potencialidades, com recursos pedagógicos apropriados para seu diagnóstico.
No Colégio Planck, por exemplo, a Orientação Educacional fica alerta quanto às dificuldades dos estudantes e realiza um acompanhamento pedagógico próximo.
Além disso, com sua metodologia inovadora, os estudantes aprendem a aprender. Com isso, conseguem identificar o melhor método de estudo para seu processo de aprendizado.
A Orientação Educacional também oferece apoio às famílias dos estudantes, estabelecendo uma parceria para envolvê-los no processo de aprendizagem e oferecer orientações sobre como apoiar seus filhos em casa.
Essa colaboração entre o Colégio Planck e a família é essencial para o estudante superar as adversidades dos distúrbios de aprendizagem.
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