Criança de 10 anos é capaz de decidir o futuro?

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Crianças de 10 anos lendo livro em espaço de leitura.

Uma criança de 10 anos possui uma compreensão do mundo diferente de seus pais. E isso ocorre não somente pela diferença de experiência de vida, mas também pelo fato do encéfalo ainda estar em desenvolvimento.

O encéfalo, que faz parte do Sistema Nervoso Central, é constituído pelo cérebro, cerebelo, tálamo, hipotálamo, epitálamo e tronco encefálico. Este último é formado pelo mesencéfalo, ponte e bulbo (ou medula).

A parte do encéfalo que ainda está se desenvolvendo nas crianças de 10 anos é o córtex pré-frontal (PFC), localizado no lobo frontal do cérebro.

Essa parte do órgão está envolvida com diversos aspectos, como:

  • Empatia e respeito;
  • Julgamento social;
  • Pensamento crítico;
  • Tomada de decisão;
  • Noção de certo e errado;
  • Análise de risco e perigo;
  • Resolução de problemas;
  • Avaliação de consequências;
  • Entre outros.

De forma acordo com o artigo A Cognição Social e o Córtex Cerebral, o córtex pré-frontal é responsável pela cognição social, isto é, pela capacidade de um indivíduo compreender e interagir com outras pessoas de maneira eficaz e apropriada. 

Portanto, o PFC atua na interpretação dos sentimentos e intenções dos outros, assim como das informações sobre o mundo e a sociedade. Por isso, ele é essencial durante o amadurecimento emocional e social das crianças. 

Afinal, o córtex pré-frontal influencia diretamente no comportamento e na forma como a criança de 10 anos lida com diversas situações do dia a dia.

Por isso, os pais devem compreender como funciona o processo cognitivo dos seus filhos e como podem estimular um desenvolvimento cognitivo e emocional saudável. 

Acompanhe este conteúdo para entender melhor se os filhos são capazes de decidir sobre sobre o seu futuro e qual é o papel dos pais na sua formação.

Criança de 10 anos pode tomar decisões sobre seu futuro?

O encéfalo de um indivíduo começa a se formar ainda durante a gestação. Mesmo após seu nascimento, ele continua se desenvolvendo, como ocorre com o córtex pré-frontal.

Durante a infância, por volta dos 6 anos de idade, o encéfalo atinge quase 95% do tamanho do de um adulto. No entanto, o desenvolvimento completo ocorre aproximadamente aos 25 anos de idade.

Por isso, crianças de 10 anos não são inteiramente capazes de tomar decisões complexas, principalmente a respeito sobre seu futuro. 

Afinal, não conseguem compreender com clareza sobre as consequências de suas ações ou de analisar os riscos envolvidos. 

Portanto, a escolha da profissão e planos para o futuro, ainda requerem um acompanhamento e orientação constante dos pais ou responsáveis. 

Contudo, é importante ressaltar que o desenvolvimento do PFC ocorre de forma gradual ao longo do crescimento de uma pessoa, sendo que varia de indivíduo para indivíduo.

Além disso, existem agentes que podem influenciar o córtex pré-frontal, como fatores genéticos (predisposição biológica) e educação (estímulos intelectuais, culturais e interpessoais), como diz o artigo Neurodesenvolvimento na primeira infância.

Por isso, apesar da criança de 10 anos ainda não estar completamente pronta para se responsabilizar sozinha por suas ações, não significa que não seja capaz de tomar nenhuma decisão sobre sua vida.

Como o protagonismo está relacionado com a tomada de decisão?

Nesta fase, durante os 10 anos de idade, os filhos têm uma noção básica de certo e errado, além de conseguirem exprimir suas vontades com mais clareza. Assim, são capazes de possuir opiniões e preferências.

Portanto, eles podem participar ativamente de algumas decisões do seu dia a dia que são condizentes com a sua idade e de forma gradual.

Essas pequenas responsabilidades são uma forma de estimular o protagonismo das crianças. Veja abaixo quais tipos de decisões os filhos podem participar.

Escolha de atividades extracurriculares e hobbies

Nesta idade, as crianças já conseguem expressar seus interesses e preferências. Envolvê-las nessa decisão auxilia a desenvolver suas habilidades e interesses pessoais.

Hábitos diários

Crianças de 10 anos podem ter um papel mais ativo na definição de sua rotina, como horários de dormir, alimentação, entre outros.

Rotina de estudo

Envolver o filho no planejamento de sua rotina de estudo, para definir seus horários e conteúdos que serão estudados, é uma forma de estimular o senso de organização, autodisciplina e responsabilidade.

Leia mais sobre: Protagonismo juvenil: como formar estudantes autônomos?

Organização do quarto e espaço pessoal

Permitir que a criança participe das decisões sobre a organização e decoração de seu próprio espaço fortalece seu senso de independência e responsabilidade.

Resolução de problemas simples

Estimular a criança a propor soluções para pequenos problemas do dia a dia, como conflitos com irmãos ou dificuldades escolares, ajuda a desenvolver habilidade de tomada de decisão.

Escolha de roupas e acessórios

Permitir que a criança escolha suas próprias roupas e acessórios, dentro de limites razoáveis, ajuda no desenvolvimento de sua individualidade e autonomia.

Planejamento de atividades de lazer

Envolver a criança na escolha e organização de atividades de lazer, como passeios, brincadeiras e programações de final de semana, fortalece seu senso de participação.

Gestão de tarefas domésticas

Atribuir à criança pequenas responsabilidades como arrumar seu quarto, guardar seus brinquedos ou ajudar com tarefas leves, estimula o desenvolvimento de habilidades organizacionais e de responsabilidade.

Administração de mesadas

Orientar a criança sobre como administrar sua mesada ou dinheiro recebido ensina lições valiosas sobre planejamento financeiro e tomada de decisão.

Escolha de presentes e comemorações

Consultar a criança sobre o que gostaria de ganhar em datas comemorativas ou sobre planos para festas de aniversário faz com que se sinta valorizada e respeitada.

Por que o protagonismo é importante?

Ao se tornar responsável por determinadas tarefas do cotidiano e tomar decisões sobre sua rotina, a criança de 10 anos aprende a fazer escolhas de forma consciente e responsável.

Dessa forma, ela fica mais preparada para tomar decisões cada vez mais complexas à medida que seu desenvolvimento cognitivo e emocional avança. 

Mas, para isso, é importante que os pais respeitem os filhos e não imponham as suas vontades, portanto, o seu papel nesse processo é de orientador.

Eles devem explicar os motivos por trás de determinadas decisões, para que a criança de 10 anos compreenda melhor o contexto.

Essa participação fortalece o vínculo entre pais e filhos, porque demonstra confiança e valorização da opinião da criança. Assim, ela se sente ouvida e respeitada, o que é essencial para o seu desenvolvimento emocional e social.

Veja mais sobre: Saber, saber fazer e saber ser: como funciona na prática.

Como o Colégio Planck desenvolve a habilidade de tomada de decisão?

O Colégio Planck tem o compromisso em desenvolver protagonismo em seus estudantes, para que tenham a capacidade de tomar decisões de forma autônoma e responsável.

Essa habilidade é essencial para a formação de cidadãos éticos, competentes e relevantes na sociedade.

Com uma abordagem pedagógica inovadora, o Colégio Planck estimula os estudantes a praticarem e aprimorarem suas competências.

Isso ocorre por meio dos projetos interdisciplinares, atividades práticas, debates em grupo e atividades extracurriculares, que os incentiva a pensar de forma crítica e resolver problemas do cotidiano.

Além disso, a instituição fornece uma infraestrutura completa para que os estudantes vivenciarem um desenvolvimento completo das suas habilidades socioemocionais e conhecimento técnico.

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