Lado a lado com as facilidades oferecidas pelo desenvolvimento tecnológico, o estímulo da criatividade é um dos principais itens da Educação do século 21.
O aumento da importância desse pilar socioemocional mostra que a escola da era industrial está com seus dias contados.
O que esperar das gerações futuras?
De acordo com uma pesquisa da consultoria Mckinsey, os alunos do século 21 serão estimulados em soft skills, ou seja, em habilidades comportamentais e competências que envolvem elementos como a criatividade.
Isso não significa que o conteúdo das disciplinas fique em segundo plano. É preciso continuar investindo no conhecimento, porém, gerando uma nova personalização da transmissão desse conteúdo, com mais humanização, respeito às diferenças e o próprio ritmo do aluno.
Na Educação contemporânea, a criatividade é trabalhada de forma conjunta com outros aspectos como: saber trabalhar em equipe e resolver novos problemas. Esse último item surge de uma forma diferente da escola da era fordista (industrial), hoje, os jovens devem utilizar a criatividade para resolver problemas que ainda são inéditos, não têm soluções prontas, assim, eles são estimulados a pensar nelas.
Para o Planck, é preciso associar a criatividade à capacidade de execução, autonomia e protagonismo. Por esse aspecto, as disciplinas curriculares não perdem seu peso na formação do aluno.
Ter uma bagagem cultural maior, associada às áreas de conhecimento, por meio de disciplinas como matemática, física, química, geografia, filosofia e outras, vai ajudar o aluno a raciocinar melhor e encontrar as soluções aceitáveis e executáveis, combinando a criatividade com esses elementos.
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Criatividade é estimulada por interligações mentais
Fazer um aluno estar conectado com o mundo à sua volta é uma das melhores maneiras de trabalhar a criatividade dele.
Quando o estudante conhece aspectos de diferentes áreas, lê, por exemplo, conteúdos sobre economia e novas tendências, educação, cultura, tecnologia, etc; assim, consegue fazer interligações cerebrais que vão acionar a sua criatividade para ajudá-lo na resolução de um problema apresentado.
Além disso, dentro do estímulo à aprendizagem socioemocional, o Planck também acredita que a criatividade está muito ligada à persistência, por isso, desenvolve em seus alunos aspectos de tolerância ao estresse e à frustração.
Os professores e coordenadores abrem espaço para que o aluno aprenda com o próprio erro, para que ele conheça formas diferentes de pensar.
Esse método é utilizado há décadas por grandes cientistas, que fizeram da persistência o principal combustível para serem bem-sucedidos. Por exemplo, Thomas Edison fez centenas de testes antes de ver a primeira lâmpada acesa com total sucesso.
Com tolerância, bagagem cultura, resiliência e muita “transpiração”, a criatividade entra como catalisador dos processos de resolução de problemas.
Esse caminho fará o aluno se destacar em profissões do futuro, especialmente porque a tecnologia irá exigir funções nas quais a capacidade criativa será um grande diferencial, já que tarefas que possibilitam soluções prontas serão “engolidas” pela automatização.
De acordo com um relatório da Microsoft e da McKinsey & Company’s Education Practice, somente nos EUA, 50% dos empregos existentes poderão ser extintos até 2030, quando estiverem associados à baixa qualificação e sujeitos à automação.
Por outro lado, as funções que exigirem nível cognitivo mais elevado, em áreas ligadas à resolução de problemas, pensamento crítico e criatividade vão ganhar espaço.
Pais, professores e coordenação combinados no processo
Essa tendência apontada pelo relatório da McKinsey exige que as escolas comecem a infundir em seus alunos esses valores socioemocionais para que se transformem em adultos diferenciados.
Assim, a escola precisa criar um time forte que desenvolva nos alunos aspectos socioemocionais, como a criatividade. Gestão, professores e coordenação devem apostar nesse novo modelo, que suplanta os modelos das escolas da era industrial.
Enquanto oferece ambientes de estímulo à criatividade, o colégio também precisa contar com professores que tenham uma proposta pedagógica que contenha esse elemento.
Eles deverão estimular projetos criativos, mas não só. Além disso, transmitir os conhecimentos de forma mais criativa e estimulante também é o caminho mais acertado para alunos de uma geração com mindset mais imediatista.
O próprio relatório da McKinsey revela a necessidade de novas ideias e práticas no campo da Educação. Caso isso não ocorra, o aluno não terá interesse na aula, o que poderá gerar indisciplina, ou até mesmo fazer com que ele se desconecte do tema apresentado.
Novas ferramentas pedagógicas
Para estimular esse prazer em aprender, o professor poderá usar ferramentas que suportam abordagens pedagógicas personalizadas como videoaulas, podcasts ou até outras práticas, como um teatro ou Histórias em Quadrinhos. A aula poderá e deverá ser interessante, mas não precisa ser transformada em um show.
Por outro lado, alguns pais — que muitas vezes vieram de escolas fordistas–, podem desconfiar desse novo processo, que é muito diferente de estratégias pedagógicas utilizadas há mais de meio século.
A dica é mostrar a eles que o Colégio opera essas “novidades” dentro de muito estudo, segurança e responsabilidade. Por isso, é importante que estejam próximos, acompanhando todo o processo pedagógico, para entender essas mudanças.
Conclusão
O ideal do Planck é que alunos que sejam estimulados nas competências e habilidades socioemocionais, em ambientes mais criativos e lúdicos e com novas propostas de ensino, desenvolvam mais as suas potencialidades.
Com isso, a aposta é que esses alunos ganhem impactos positivos em sua vida pessoal e profissional, sendo pessoas mais criativas, bem-sucedidas e felizes em seu futuro.
Prof. André Guadalupe
Diretor e Cofundador do Colégio Planck