A inteligência emocional é considerada uma das habilidades mais valorizadas atualmente em diversas áreas da vida.
De acordo com o levantamento “Habilidades 360º”, realizado pela Pagegroup, empresa de recrutamento especializado em executivos de todos os níveis hierárquicos, a inteligência emocional é a habilidade mais procurada, juntamente com trabalho em equipe e comunicação assertiva.
É fundamental compreender a importância do desenvolvimento dessa habilidade tanto no desempenho escolar quanto na vida em geral.
Afinal, não adianta ter conhecimento e técnica se não houver inteligência emocional. Leia mais a seguir.
O que é inteligência emocional?
Esse conceito ganhou popularidade nos anos 90, quando o jornalista Daniel Goleman lançou o livro “Inteligência Emocional: Por Que Pode Ser Mais Importante do que o QI”.
Sobre inteligência emocional, Daniel Goleman define como sendo o equilíbrio entre a razão e a emoção. Embora haja debate entre especialistas sobre os resultados que uma pessoa pode alcançar no desempenho acadêmico ou profissional independentemente do QI, é evidente que ter um domínio emocional de si mesmo é extremamente útil, especialmente nos momentos desafiadores.
De acordo com os estudos de Goleman, a inteligência emocional engloba cinco áreas principais: empatia, automotivação, autoconhecimento, controle emocional e habilidades de relacionamento.
Inteligência emocional no trabalho
No mercado de trabalho, essa habilidade é a mais difícil de encontrar entre os profissionais, de acordo com o levantamento da Pagegroup, o que a torna altamente valorizada.
Ainda conforme a Pagegroup, além da inteligência emocional, profissionais com habilidades em gestão, produtividade e novos negócios serão altamente procurados em 2023.
Veja as profissões principais apontadas pelo Fórum Econômico Mundial de 2023:
- Especialistas em Inteligência Artificial (AI) e Machine Learning;
- Especialistas em sustentabilidade;
- Analistas de business intelligence (BI);
- Analistas de segurança da informação;
- Engenheiro de fintech;
- Analistas e cientistas de dados;
- Engenheiros robóticos;
- Especialistas em Big Data;
- Operadores de equipamentos agrícolas;
- Especialistas em transformação digital.
O relatório mais recente do “The Future of Jobs”, divulgado em 1º de maio pelo Fórum Econômico Mundial, aponta que nos próximos cinco anos a digitalização irá resultar em uma significativa transformação no mercado de trabalho.
Diferentemente do que os filmes de ficção previram, espera-se que as novas tecnologias tenham um impacto positivo na criação de empregos, apesar do risco de automação em certas funções, pelo menos até 2027.
Nomear as emoções
Mas afinal, o que são emoções? Emoções são reações a estímulos ambientais e cognitivos que causam mudanças neurológicas significativas e experiências subjetivas. Podemos considerá-las como programas cerebrais que enviam comandos ao organismo.
Cientificamente, foi comprovado que os circuitos cerebrais dos seres humanos permanecem os mesmos desde os tempos remotos, quando tinham que lidar com emoções relacionadas à sobrevivência.
Hoje em dia, as pessoas enfrentam diversos desafios como desemprego, estresse no trânsito e no trabalho, frustrações nos relacionamentos, ansiedade acadêmica e profissional, entre outras emoções ligadas à vida moderna.
Confira as habilidades trabalhadas na Matriz Socioemocional do Colégio Planck.
No entanto, as emoções desencadeadas pela forma de viver atual ativam os mesmos mecanismos cerebrais de alerta de perigos presentes nos homens das cavernas.
Em todos os aspectos da vida, as emoções estão presentes, seja em casa, na sala de aula ou no trabalho. Ter inteligência emocional significa entender como as emoções funcionam dentro de si mesmo e nos relacionamentos com os outros.
Essa habilidade é especialmente útil para lidar com situações sobre as quais não se tem controle e que podem surgir repentinamente.
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Qual é o papel da inteligência emocional na vida do estudante?
Nem sempre trabalhar com as emoções humanas foi enfatizado nos currículos escolares. Outros aspectos determinavam o que era importante para o desempenho acadêmico e futuro dos estudantes. No entanto, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) passou a contemplar o desenvolvimento dessas habilidades socioemocionais ao longo dos anos de estudo.
Segundo Goleman, a parte do cérebro que abriga a inteligência emocional é uma das últimas a amadurecer, mas essa região cerebral pode ser desenvolvida por meio da repetição de experiências.
Trabalhar a inteligência emocional na escola é uma maneira de exercitar o controle das emoções envolvidas em todas as situações. As instituições de ensino podem investir em práticas regulares que estimulem as cinco áreas principais da inteligência emocional apontadas por Goleman.
Quando os estudantes começam a compreender seu próprio perfil emocional, conseguem gerenciar melhor suas emoções e também compreender as emoções das outras pessoas com as quais se relacionam.
Fica claro que identificar e lidar com as próprias emoções e compreender as emoções dos outros desde a infância ajudará nos processos mais complexos do futuro e permitirá que as pessoas vivam melhor.
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Como desenvolver a inteligência emocional?
No Colégio Planck, o desenvolvimento de habilidades socioemocionais faz parte dos pilares do projeto pedagógico e contribui para o desenvolvimento da inteligência emocional.
Dentro desse contexto, são trabalhadas a autogestão, a resiliência emocional, a amabilidade e o engajamento, e a abertura ao novo nos estudantes.
Mas como o Colégio pode promover o desenvolvimento da inteligência emocional em todos os processos pedagógicos dos estudantes? Veja algumas abordagens:
Olhar atento
O projeto do Colégio Planck destaca a importância de um olhar atento para os estudantes. Professores e coordenadores estão empenhados em observar as emoções dos estudantes e trabalhá-las em situações específicas.
Escuta ativa
Ouvir atentamente os estudantes em suas colocações é fundamental para estabelecer uma comunicação genuína e bidirecional. Isso facilita a compreensão das emoções expressas por meio de palavras e gestos, além de permitir que se demonstre compreensão do ponto de vista dos estudantes para fornecer o feedback adequado.
Empatia
Quando a instituição escolar adota uma postura empática, também ajuda os estudantes a desenvolver essa habilidade socioemocional tão intrinsecamente ligada à inteligência emocional.
Ser empático significa refletir sobre a perspectiva da outra pessoa, ajudando-a a sentir-se compreendida. Ao observar a empatia desde a infância na escola, inclusive entre professores, equipe pedagógica e colegas, os estudantes também desenvolvem empatia em suas vidas.
Desenvolvimento do autoconhecimento
O autoconhecimento é amplamente estimulado nos processos pedagógicos do Planck.
Quando os estudantes têm consciência de suas emoções, impulsos e fraquezas, eles conseguem enxergar melhor as semelhanças com os outros, ter uma imagem mais precisa de si mesmos e melhorar suas interações sociais.
Estimular os estudantes a fazer perguntas como “O que eu poderia fazer de forma diferente?” ajuda-os a aprimorar aspectos que ainda não estão bem resolvidos e a utilizar melhor seus pontos fortes.
Gerenciamento das emoções
Ajudar os estudantes a gerenciar suas emoções é uma das maneiras mais eficazes de prepará-los para a vida.
Esse processo é essencial desde a primeira infância, mas se torna ainda mais importante quando os estudantes entram na adolescência, período em que enfrentam diversas transformações em seus corpos devido às mudanças hormonais. Nessa fase, aprender a lidar com impulsos e emoções se torna fundamental.
Para entender mais sobre o assunto, assista ao episódio sobre Habilidades Socioemocionais do Planck Talks, disponível no canal do Youtube do Colégio Planck.
Colégio Planck e a inteligência emocional
Se a experiência da vida é emocional, é essencial aprender a lidar com essas emoções desde cedo para superar os desafios que surgirão em cada fase da vida.
Dessa forma, o equilíbrio com a razão se torna mais fácil de alcançar. O Colégio desempenha um papel importante no desenvolvimento dessa inteligência emocional, que fará toda a diferença nos papéis que os estudantes desempenharão no futuro.