Vamos falar de comportamento alimentar na escola?

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O Colégio Planck sediou um workshop com a especialista Laura Escobar sobre alimentação e nutrição na escola com os estudantes e familiares. O evento também serviu para dar uma ideia geral sobre a disciplina eletiva sobre o tema, que o Colégio irá ministrar neste ano.

Leia esse post até o final e entenda mais sobre esse tema.

Mais da metade da população está acima do peso no Brasil

A nutrição na escola e em casa é um cuidado que deve ser acompanhado de perto pelas famílias e as instituições escolares para promover o incentivo à alimentação saudável das crianças e adolescentes.

Um levantamento da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), divulgado pelo Ministério da Saúde, revelou que mais da metade da população brasileira está acima do peso, inclusive, com um crescimento dessa tendência entre os jovens.

Os fatores que levam a esse quadro entre os brasileiros é o sedentarismo e a falta de mudança dos maus hábitos alimentares, que privilegiam consumo de alimentos processados e ultraprocessados; e baixa ingestão de frutas, verduras e legumes. No entanto, toda a mudança e adaptações necessárias nas rotinas a partir da pandemia também provocaram um efeito no comportamento alimentar.

 O Colégio Planck sediou um workshop de nutrição com a especialista Laura Escobar, para falar sobre alimentação e nutrição na escola com os estudantes e familiares. O evento também serviu para dar uma ideia geral sobre a disciplina eletiva sobre o tema, que o Colégio irá ministrar no próximo ano. Leia esse post até o final e entenda mais sobre esse tema. Mais da metade da população está acima do peso no Brasil A nutrição escolar é um cuidado que deve ser acompanhado de perto pelas famílias e as instituições escolares para promover o incentivo à alimentação saudável das crianças e adolescentes. Um levantamento da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), divulgado pelo Ministério da Saúde, revelou que mais da metade da população brasileira está acima do peso, inclusive, com um crescimento dessa tendência entre os jovens. Os fatores que levam a esse quadro entre os brasileiros é o sedentarismo e a falta de mudança dos maus hábitos alimentares, que privilegiam consumo de alimentos processados e ultraprocessados; e baixa ingestão de frutas, verduras e legumes. No entanto, toda a mudança e adaptações necessárias nas rotinas a partir da pandemia também provocaram um efeito no comportamento alimentar. Ao ficar mais tempo em casa, muitas famílias e, consequentemente, suas crianças e jovens, passaram a ingerir todos os dias alimentos que eram muito mais consumidos apenas nos finais de semana, como os fast foods. Além disso, a imprevisibilidade sobre o fim da crise epidemiológica tornou adultos, jovens e crianças mais ansiosos, o que também pode ter contribuído para um desequilíbrio alimentar em muitos lares. Neste cenário, a nutrição deve ser ainda mais observada e abordada em diversos fóruns porque o aumento do sobrepeso e obesidade da população também leva para um maior risco do surgimento de doenças crônicas a partir da alimentação. Além disso, discutir um projeto de saúde e nutrição na escola é uma iniciativa extremamente positiva porque a alimentação saudável contribui muito com o desenvolvimento e desempenho cognitivo. Pesquisas revelam hábitos alimentares da pandemia Na palestra sobre saúde e nutrição na escola realizada no Colégio Planck foram apresentados dados de uma pesquisa do Nupens (Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde) da USP, que está coletando informações desde o final de 2019, a Nutrinet, para investigar a alimentação no Brasil e entender quais são essas prevalências de risco e doenças crônicas a partir da alimentação. Na pesquisa foi revelado um dado positivo que aponta que houve sim um aumento maior de consumo de legumes, verduras e frutas durante a pandemia. Porém, esse quadro não foi unânime no Brasil inteiro. Nas regiões Norte e Nordeste ainda prevalece o consumo dos alimentos processados e ultraprocessados, porque são mais baratos e mais fáceis de consumir. Por outro lado, o aumento do consumo do leite condensado e de outras sobremesas também cresceu em todos os lugares. Uma explicação possível para essa estatística são as mudanças que aconteceram na pandemia, como o isolamento social, maior tempo de permanência em casa, maior tempo diante de telas, fácil acesso a delivery, e um quadro que estimulou que as pessoas investissem em novos talentos culinários para produzir receitas doces e salgadas. Esses resultados coincidem com o de uma pesquisa realizada em cinco países (Itália, Espanha, Chile, Colômbia e Brasil) que também apontou que entre esses países, o Brasil é o campeão no consumo de alimentos doces. Como reconhecer o próprio comportamento alimentar? Na palestra, também foi abordado como é possível os adultos, crianças e jovens terem um equilíbrio alimentar. A primeira dica é que é necessário ter hábitos saudáveis e fazer uma análise comportamental. Esses comportamentos precisam ser avaliados porque um certo ganho de peso durante a pandemia pode até ser considerado normal, porque foi um momento que gerou mudanças muito grandes, com um quadro de ansiedade e estresse entre as variadas faixas etárias, além da baixa frequência nas atividades físicas. Porém, as condutas alimentares precisam ser investigadas porque na pandemia também foi registrado um aumento da obesidade infantil e quadros precoces de doenças crônicas. Um outro passo importante é entender que existem tipos diferentes de fome para saber se essa sensação está coerente com um bom relacionamento alimentar: Fome fisiológica: é aquela que pode gerar desconforto físico, a barriga ronca, dá sede, tonturas, dores de cabeça, etc. Neste ponto, realmente é hora de comer algo, porque ao comer alguma coisa o mal-estar é aliviado; Fome social: quando você espera comer um determinado tipo de alimento. Por exemplo, se vai a uma festa infantil, quer comer brigadeiro, mas quando dão algo produzido a partir de outro ingrediente, a pessoa fica decepcionada; Fome específica: quando você quer sentir um tipo de sabor muito específico. Por exemplo, quer o pão de queijo da padaria X; Fome emocional: aquela fome provocada por determinadas emoções, porém, nem sempre você sabe o que quer comer. Saber reconhecer esses tipos de fome ajuda a definir o padrão alimentar. Entender se está com uma fome fisiológica ou se está comendo apenas por ansiedade, pode ajudar a segurar um pouco a necessidade de comer. Inclusive, é importante reconhecer se essa fome teve gatilhos, que são acionados quando a pessoa sente o que a especialista denomina como um “comer transtornado”, por exemplo: Quando a pessoa não controla a quantidade que come para mais ou para menos; Se faz parte daquele grupo de pessoas que tem medo de se alimentar para não ganhar peso e vive contando calorias; Se é daquele tipo de pessoa que consegue se manter em dieta durante o dia, mas à noite perde qualquer medida para se alimentar. Nestes comportamentos alimentares apontados acima, algo não está alinhado. Se a família percebe que os jovens estão com algum tipo de transtorno alimentar, é necessário um tratamento multidisciplinar. Mas também é muito importante entender que nem tudo é transtorno. Como melhorar a nutrição escolar e em casa? Comer é bom e as pessoas podem comer com prazer. Quando a pessoa está se alimentando, por exemplo, de um comfort food, que são aqueles alimentos que trazem uma boa experiência ou uma boa lembrança, é possível se entregar a esse prazer, mas é preciso ter critérios e não exagerar. Uma dica importante abordada na palestra sediada pelo Colégio é a consulta ao Guia para Alimentação Saudável, elaborado pela Asbran (Associação Brasileira de Nutrição) para o período da Covid-19, porém, de forma geral, o material aponta para alguns aconselhamentos importantes referentes ao planejamento da rotina alimentar. Conheça algumas dicas: Planejar o próprio tempo para dar à alimentação o espaço que merece na rotina escolar; Buscar consumir mais os alimentos in natura ao invés dos alimentos processados e ultraprocessados, que tem muitos corantes, conservantes e outros aditivos que podem prejudicar a saúde; Procurar consumir açúcares, sal, óleos e gorduras moderadamente; Ser críticos quanto ao estímulo de determinados tipos de alimentação na propaganda. Conclusão O Colégio Planck está sempre atento ao olhar individualizado às necessidades de seus estudantes, a partir de um acompanhamento muito cuidadoso da orientação educacional. A nutrição escolar e na própria casa também pode ser um objeto de dúvidas, portanto, reforçamos que estamos sempre de braços abertos e escuta atenta para qualquer necessidade dos nossos estudantes e suas famílias.

Ao ficar mais tempo em casa, muitas famílias e, consequentemente, suas crianças e jovens, passaram a ingerir todos os dias alimentos que eram muito mais consumidos apenas nos finais de semana, como os fast foods.

Além disso, a imprevisibilidade sobre o fim da crise epidemiológica tornou adultos, jovens e crianças mais ansiosos, o que também pode ter contribuído para um desequilíbrio alimentar em muitos lares.

Neste cenário, a nutrição deve ser ainda mais observada e abordada em diversos fóruns porque o aumento do sobrepeso e obesidade da população também leva para um maior risco do surgimento de doenças crônicas a partir da alimentação.

Além disso, discutir um projeto de saúde e nutrição na escola é uma iniciativa extremamente positiva porque a alimentação saudável contribui muito com o desenvolvimento e desempenho cognitivo.

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Pesquisas revelam hábitos alimentares da pandemia

Na palestra sobre saúde e nutrição na escola realizada no Colégio Planck foram apresentados dados de uma pesquisa do Nupens (Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde) da USP, que está coletando informações desde o final de 2019, a Nutrinet, para investigar a alimentação no Brasil e entender quais são essas prevalências de risco e doenças crônicas a partir da alimentação. 

Na pesquisa foi revelado um dado positivo que aponta que houve sim um aumento maior de consumo de legumes, verduras e frutas durante a pandemia. Porém, esse quadro não foi unânime no Brasil inteiro. Nas regiões Norte e Nordeste ainda prevalece o consumo dos alimentos processados e ultraprocessados, porque são mais baratos e mais fáceis de consumir.

 O Colégio Planck sediou um workshop de nutrição com a especialista Laura Escobar, para falar sobre alimentação e nutrição na escola com os estudantes e familiares. O evento também serviu para dar uma ideia geral sobre a disciplina eletiva sobre o tema, que o Colégio irá ministrar no próximo ano. Leia esse post até o final e entenda mais sobre esse tema. Mais da metade da população está acima do peso no Brasil A nutrição escolar é um cuidado que deve ser acompanhado de perto pelas famílias e as instituições escolares para promover o incentivo à alimentação saudável das crianças e adolescentes. Um levantamento da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), divulgado pelo Ministério da Saúde, revelou que mais da metade da população brasileira está acima do peso, inclusive, com um crescimento dessa tendência entre os jovens. Os fatores que levam a esse quadro entre os brasileiros é o sedentarismo e a falta de mudança dos maus hábitos alimentares, que privilegiam consumo de alimentos processados e ultraprocessados; e baixa ingestão de frutas, verduras e legumes. No entanto, toda a mudança e adaptações necessárias nas rotinas a partir da pandemia também provocaram um efeito no comportamento alimentar. Ao ficar mais tempo em casa, muitas famílias e, consequentemente, suas crianças e jovens, passaram a ingerir todos os dias alimentos que eram muito mais consumidos apenas nos finais de semana, como os fast foods. Além disso, a imprevisibilidade sobre o fim da crise epidemiológica tornou adultos, jovens e crianças mais ansiosos, o que também pode ter contribuído para um desequilíbrio alimentar em muitos lares. Neste cenário, a nutrição deve ser ainda mais observada e abordada em diversos fóruns porque o aumento do sobrepeso e obesidade da população também leva para um maior risco do surgimento de doenças crônicas a partir da alimentação. Além disso, discutir um projeto de saúde e nutrição na escola é uma iniciativa extremamente positiva porque a alimentação saudável contribui muito com o desenvolvimento e desempenho cognitivo. Pesquisas revelam hábitos alimentares da pandemia Na palestra sobre saúde e nutrição na escola realizada no Colégio Planck foram apresentados dados de uma pesquisa do Nupens (Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde) da USP, que está coletando informações desde o final de 2019, a Nutrinet, para investigar a alimentação no Brasil e entender quais são essas prevalências de risco e doenças crônicas a partir da alimentação. Na pesquisa foi revelado um dado positivo que aponta que houve sim um aumento maior de consumo de legumes, verduras e frutas durante a pandemia. Porém, esse quadro não foi unânime no Brasil inteiro. Nas regiões Norte e Nordeste ainda prevalece o consumo dos alimentos processados e ultraprocessados, porque são mais baratos e mais fáceis de consumir. Por outro lado, o aumento do consumo do leite condensado e de outras sobremesas também cresceu em todos os lugares. Uma explicação possível para essa estatística são as mudanças que aconteceram na pandemia, como o isolamento social, maior tempo de permanência em casa, maior tempo diante de telas, fácil acesso a delivery, e um quadro que estimulou que as pessoas investissem em novos talentos culinários para produzir receitas doces e salgadas. Esses resultados coincidem com o de uma pesquisa realizada em cinco países (Itália, Espanha, Chile, Colômbia e Brasil) que também apontou que entre esses países, o Brasil é o campeão no consumo de alimentos doces. Como reconhecer o próprio comportamento alimentar? Na palestra, também foi abordado como é possível os adultos, crianças e jovens terem um equilíbrio alimentar. A primeira dica é que é necessário ter hábitos saudáveis e fazer uma análise comportamental. Esses comportamentos precisam ser avaliados porque um certo ganho de peso durante a pandemia pode até ser considerado normal, porque foi um momento que gerou mudanças muito grandes, com um quadro de ansiedade e estresse entre as variadas faixas etárias, além da baixa frequência nas atividades físicas. Porém, as condutas alimentares precisam ser investigadas porque na pandemia também foi registrado um aumento da obesidade infantil e quadros precoces de doenças crônicas. Um outro passo importante é entender que existem tipos diferentes de fome para saber se essa sensação está coerente com um bom relacionamento alimentar: Fome fisiológica: é aquela que pode gerar desconforto físico, a barriga ronca, dá sede, tonturas, dores de cabeça, etc. Neste ponto, realmente é hora de comer algo, porque ao comer alguma coisa o mal-estar é aliviado; Fome social: quando você espera comer um determinado tipo de alimento. Por exemplo, se vai a uma festa infantil, quer comer brigadeiro, mas quando dão algo produzido a partir de outro ingrediente, a pessoa fica decepcionada; Fome específica: quando você quer sentir um tipo de sabor muito específico. Por exemplo, quer o pão de queijo da padaria X; Fome emocional: aquela fome provocada por determinadas emoções, porém, nem sempre você sabe o que quer comer. Saber reconhecer esses tipos de fome ajuda a definir o padrão alimentar. Entender se está com uma fome fisiológica ou se está comendo apenas por ansiedade, pode ajudar a segurar um pouco a necessidade de comer. Inclusive, é importante reconhecer se essa fome teve gatilhos, que são acionados quando a pessoa sente o que a especialista denomina como um “comer transtornado”, por exemplo: Quando a pessoa não controla a quantidade que come para mais ou para menos; Se faz parte daquele grupo de pessoas que tem medo de se alimentar para não ganhar peso e vive contando calorias; Se é daquele tipo de pessoa que consegue se manter em dieta durante o dia, mas à noite perde qualquer medida para se alimentar. Nestes comportamentos alimentares apontados acima, algo não está alinhado. Se a família percebe que os jovens estão com algum tipo de transtorno alimentar, é necessário um tratamento multidisciplinar. Mas também é muito importante entender que nem tudo é transtorno. Como melhorar a nutrição escolar e em casa? Comer é bom e as pessoas podem comer com prazer. Quando a pessoa está se alimentando, por exemplo, de um comfort food, que são aqueles alimentos que trazem uma boa experiência ou uma boa lembrança, é possível se entregar a esse prazer, mas é preciso ter critérios e não exagerar. Uma dica importante abordada na palestra sediada pelo Colégio é a consulta ao Guia para Alimentação Saudável, elaborado pela Asbran (Associação Brasileira de Nutrição) para o período da Covid-19, porém, de forma geral, o material aponta para alguns aconselhamentos importantes referentes ao planejamento da rotina alimentar. Conheça algumas dicas: Planejar o próprio tempo para dar à alimentação o espaço que merece na rotina escolar; Buscar consumir mais os alimentos in natura ao invés dos alimentos processados e ultraprocessados, que tem muitos corantes, conservantes e outros aditivos que podem prejudicar a saúde; Procurar consumir açúcares, sal, óleos e gorduras moderadamente; Ser críticos quanto ao estímulo de determinados tipos de alimentação na propaganda. Conclusão O Colégio Planck está sempre atento ao olhar individualizado às necessidades de seus estudantes, a partir de um acompanhamento muito cuidadoso da orientação educacional. A nutrição escolar e na própria casa também pode ser um objeto de dúvidas, portanto, reforçamos que estamos sempre de braços abertos e escuta atenta para qualquer necessidade dos nossos estudantes e suas famílias.

Por outro lado, o aumento do consumo do leite condensado e de outras sobremesas também cresceu em todos os lugares.

Uma explicação possível para essa estatística são as mudanças que aconteceram na pandemia, como o isolamento social,  maior tempo de permanência em casa, maior tempo diante de telas, fácil acesso a delivery, e um quadro que estimulou que as pessoas investissem em novos talentos culinários para produzir receitas doces e salgadas.

Esses resultados coincidem com o de uma pesquisa realizada em cinco países (Itália, Espanha, Chile, Colômbia e Brasil) que também apontou que entre esses países, o Brasil é o campeão no consumo de alimentos doces.

➡️ Neurociência e o vestibular

➡️ Educação 5.0

Como reconhecer o próprio comportamento alimentar?

Na palestra, também foi abordado como é possível os adultos, crianças e jovens terem um equilíbrio alimentar. A primeira dica é que é necessário ter hábitos saudáveis e fazer uma análise comportamental.

Esses comportamentos precisam ser avaliados porque um certo ganho de peso durante a pandemia pode até ser considerado normal, porque foi um momento que gerou mudanças muito grandes, com um quadro de ansiedade e estresse entre as variadas faixas etárias, além da baixa frequência nas atividades físicas. 

Porém, as condutas alimentares precisam ser investigadas porque na pandemia também foi registrado um aumento da obesidade infantil e quadros precoces de doenças crônicas.

 O Colégio Planck sediou um workshop de nutrição com a especialista Laura Escobar, para falar sobre alimentação e nutrição na escola com os estudantes e familiares. O evento também serviu para dar uma ideia geral sobre a disciplina eletiva sobre o tema, que o Colégio irá ministrar no próximo ano. Leia esse post até o final e entenda mais sobre esse tema. Mais da metade da população está acima do peso no Brasil A nutrição escolar é um cuidado que deve ser acompanhado de perto pelas famílias e as instituições escolares para promover o incentivo à alimentação saudável das crianças e adolescentes. Um levantamento da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), divulgado pelo Ministério da Saúde, revelou que mais da metade da população brasileira está acima do peso, inclusive, com um crescimento dessa tendência entre os jovens. Os fatores que levam a esse quadro entre os brasileiros é o sedentarismo e a falta de mudança dos maus hábitos alimentares, que privilegiam consumo de alimentos processados e ultraprocessados; e baixa ingestão de frutas, verduras e legumes. No entanto, toda a mudança e adaptações necessárias nas rotinas a partir da pandemia também provocaram um efeito no comportamento alimentar. Ao ficar mais tempo em casa, muitas famílias e, consequentemente, suas crianças e jovens, passaram a ingerir todos os dias alimentos que eram muito mais consumidos apenas nos finais de semana, como os fast foods. Além disso, a imprevisibilidade sobre o fim da crise epidemiológica tornou adultos, jovens e crianças mais ansiosos, o que também pode ter contribuído para um desequilíbrio alimentar em muitos lares. Neste cenário, a nutrição deve ser ainda mais observada e abordada em diversos fóruns porque o aumento do sobrepeso e obesidade da população também leva para um maior risco do surgimento de doenças crônicas a partir da alimentação. Além disso, discutir um projeto de saúde e nutrição na escola é uma iniciativa extremamente positiva porque a alimentação saudável contribui muito com o desenvolvimento e desempenho cognitivo. Pesquisas revelam hábitos alimentares da pandemia Na palestra sobre saúde e nutrição na escola realizada no Colégio Planck foram apresentados dados de uma pesquisa do Nupens (Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde) da USP, que está coletando informações desde o final de 2019, a Nutrinet, para investigar a alimentação no Brasil e entender quais são essas prevalências de risco e doenças crônicas a partir da alimentação. Na pesquisa foi revelado um dado positivo que aponta que houve sim um aumento maior de consumo de legumes, verduras e frutas durante a pandemia. Porém, esse quadro não foi unânime no Brasil inteiro. Nas regiões Norte e Nordeste ainda prevalece o consumo dos alimentos processados e ultraprocessados, porque são mais baratos e mais fáceis de consumir. Por outro lado, o aumento do consumo do leite condensado e de outras sobremesas também cresceu em todos os lugares. Uma explicação possível para essa estatística são as mudanças que aconteceram na pandemia, como o isolamento social, maior tempo de permanência em casa, maior tempo diante de telas, fácil acesso a delivery, e um quadro que estimulou que as pessoas investissem em novos talentos culinários para produzir receitas doces e salgadas. Esses resultados coincidem com o de uma pesquisa realizada em cinco países (Itália, Espanha, Chile, Colômbia e Brasil) que também apontou que entre esses países, o Brasil é o campeão no consumo de alimentos doces. Como reconhecer o próprio comportamento alimentar? Na palestra, também foi abordado como é possível os adultos, crianças e jovens terem um equilíbrio alimentar. A primeira dica é que é necessário ter hábitos saudáveis e fazer uma análise comportamental. Esses comportamentos precisam ser avaliados porque um certo ganho de peso durante a pandemia pode até ser considerado normal, porque foi um momento que gerou mudanças muito grandes, com um quadro de ansiedade e estresse entre as variadas faixas etárias, além da baixa frequência nas atividades físicas. Porém, as condutas alimentares precisam ser investigadas porque na pandemia também foi registrado um aumento da obesidade infantil e quadros precoces de doenças crônicas. Um outro passo importante é entender que existem tipos diferentes de fome para saber se essa sensação está coerente com um bom relacionamento alimentar: Fome fisiológica: é aquela que pode gerar desconforto físico, a barriga ronca, dá sede, tonturas, dores de cabeça, etc. Neste ponto, realmente é hora de comer algo, porque ao comer alguma coisa o mal-estar é aliviado; Fome social: quando você espera comer um determinado tipo de alimento. Por exemplo, se vai a uma festa infantil, quer comer brigadeiro, mas quando dão algo produzido a partir de outro ingrediente, a pessoa fica decepcionada; Fome específica: quando você quer sentir um tipo de sabor muito específico. Por exemplo, quer o pão de queijo da padaria X; Fome emocional: aquela fome provocada por determinadas emoções, porém, nem sempre você sabe o que quer comer. Saber reconhecer esses tipos de fome ajuda a definir o padrão alimentar. Entender se está com uma fome fisiológica ou se está comendo apenas por ansiedade, pode ajudar a segurar um pouco a necessidade de comer. Inclusive, é importante reconhecer se essa fome teve gatilhos, que são acionados quando a pessoa sente o que a especialista denomina como um “comer transtornado”, por exemplo: Quando a pessoa não controla a quantidade que come para mais ou para menos; Se faz parte daquele grupo de pessoas que tem medo de se alimentar para não ganhar peso e vive contando calorias; Se é daquele tipo de pessoa que consegue se manter em dieta durante o dia, mas à noite perde qualquer medida para se alimentar. Nestes comportamentos alimentares apontados acima, algo não está alinhado. Se a família percebe que os jovens estão com algum tipo de transtorno alimentar, é necessário um tratamento multidisciplinar. Mas também é muito importante entender que nem tudo é transtorno. Como melhorar a nutrição escolar e em casa? Comer é bom e as pessoas podem comer com prazer. Quando a pessoa está se alimentando, por exemplo, de um comfort food, que são aqueles alimentos que trazem uma boa experiência ou uma boa lembrança, é possível se entregar a esse prazer, mas é preciso ter critérios e não exagerar. Uma dica importante abordada na palestra sediada pelo Colégio é a consulta ao Guia para Alimentação Saudável, elaborado pela Asbran (Associação Brasileira de Nutrição) para o período da Covid-19, porém, de forma geral, o material aponta para alguns aconselhamentos importantes referentes ao planejamento da rotina alimentar. Conheça algumas dicas: Planejar o próprio tempo para dar à alimentação o espaço que merece na rotina escolar; Buscar consumir mais os alimentos in natura ao invés dos alimentos processados e ultraprocessados, que tem muitos corantes, conservantes e outros aditivos que podem prejudicar a saúde; Procurar consumir açúcares, sal, óleos e gorduras moderadamente; Ser críticos quanto ao estímulo de determinados tipos de alimentação na propaganda. Conclusão O Colégio Planck está sempre atento ao olhar individualizado às necessidades de seus estudantes, a partir de um acompanhamento muito cuidadoso da orientação educacional. A nutrição escolar e na própria casa também pode ser um objeto de dúvidas, portanto, reforçamos que estamos sempre de braços abertos e escuta atenta para qualquer necessidade dos nossos estudantes e suas famílias.

Um outro passo importante é entender que existem tipos diferentes de fome para saber se essa sensação está coerente com um bom relacionamento alimentar:

  • Fome fisiológica: é aquela que pode gerar desconforto físico, a barriga ronca, dá sede, tonturas, dores de cabeça, etc. Neste ponto, realmente é hora de comer algo, porque ao comer alguma coisa o mal-estar é aliviado;
  • Fome social: quando você espera comer um determinado tipo de alimento. Por exemplo, se vai a uma festa infantil, quer comer brigadeiro, mas quando dão algo produzido a partir de outro ingrediente, a pessoa fica decepcionada;
  • Fome específica: quando você quer sentir um tipo de sabor muito específico. Por exemplo, quer o pão de queijo da padaria X;
  • Fome emocional: aquela fome provocada por determinadas emoções, porém, nem sempre você sabe o que quer comer.

Saber reconhecer esses tipos de fome ajuda a definir o padrão alimentar. 

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Entender se está com uma fome fisiológica ou se está comendo apenas por ansiedade, pode ajudar a segurar um pouco a necessidade de comer.

Inclusive, é importante reconhecer se essa fome teve gatilhos, que são acionados quando a pessoa sente o que a especialista denomina como um “comer transtornado”, por exemplo:

  • Quando a pessoa não controla a quantidade que come para mais ou para menos;
  • Se faz parte daquele grupo de pessoas que tem medo de se alimentar para não ganhar peso e vive contando calorias;
  • Se é daquele tipo de pessoa que consegue se manter em dieta durante o dia, mas à noite perde qualquer medida para se alimentar.

Nestes comportamentos alimentares apontados acima, algo não está alinhado. Se a família percebe que os jovens estão com algum tipo de transtorno alimentar, é necessário um tratamento multidisciplinar. Mas também é muito importante entender que nem tudo é transtorno.

Como melhorar a nutrição na escola e em casa?

Comer é bom e as pessoas podem comer com prazer. Quando a pessoa está se alimentando, por exemplo, de um comfort food, que são aqueles alimentos que trazem uma boa experiência ou uma boa lembrança, é possível se entregar a esse prazer, mas é preciso ter critérios e não exagerar.

Uma dica importante abordada na palestra sediada pelo Colégio é a consulta ao Guia para Alimentação Saudável, elaborado pela Asbran (Associação Brasileira de Nutrição) para o período da Covid-19, porém, de forma geral, o material aponta para alguns aconselhamentos importantes referentes ao planejamento da rotina alimentar. Conheça algumas dicas:

  • Planejar o próprio tempo para dar à alimentação o espaço que merece na rotina escolar;
  • Buscar consumir mais os alimentos in natura ao invés dos alimentos processados e ultraprocessados, que tem muitos corantes, conservantes e outros aditivos que podem prejudicar a saúde;
  • Procurar consumir açúcares, sal, óleos e gorduras moderadamente;
  • Ser críticos quanto ao estímulo de determinados tipos de alimentação na propaganda.

 Conclusão

O Colégio Planck está sempre atento ao olhar individualizado às necessidades de seus estudantes, a partir de um acompanhamento muito cuidadoso da orientação educacional.

A nutrição na escola e na própria casa também pode ser um objeto de dúvidas, portanto, reforçamos que estamos sempre de braços abertos e escuta atenta para qualquer necessidade dos nossos estudantes e suas famílias.

 

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