Como desenvolver autonomia nos filhos: 5 dicas para o dia a dia

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De certa forma, ao longo da história da humanidade, pais e filhos sempre tiveram conflitos devido às diferenças das gerações. Porém, hoje, em um momento de completa mudança, pode parecer ainda mais complexo gerenciar essas questões geracionais. Então, como é possível lidar com essas diferenças e ter um convívio harmonioso? Como o comportamento das gerações influencia nos conflitos? Não existe um manual que determine qual é a melhor forma de agir como pais, cada família terá suas próprias regras, de acordo com o que dita o próprio momento social e até mesmo com a herança comportamental adquirida com as gerações anteriores. Mas, existe algo que é universal: os pais querem o melhor para os filhos, desejando sempre que estejam protegidos, saudáveis e cresçam preparados para ter sucesso. É justamente nesse momento que podem surgir os conflitos de gerações, porque a forma que os pais utilizam para chegar a esse resultado nem sempre agrada os filhos. É preciso entender que esse conflito surge porque, de acordo com suas próprias características, cada geração vai reagir de maneira diferente diante das pressões. O mundo que existia à época da adolescência dos pais não é o mesmo que existe na adolescência dos filhos e, muitas vezes, no momento atual, exige novas soluções. Gerações diferentes, diferentes soluções As gerações anteriores, Geração Silenciosa, Baby Boomers e X, vivenciaram muitas mudanças, mas que eram mais vagarosas, portanto, podem ter levado muito mais tempo para enxergar a transformação do mundo e, assim, adotaram certos padrões. Já dos Millennials para cá, a mudança tem sido assustadoramente rápida e até mesmo surgiram outras novas gerações de pessoas que nasceram em um mundo de mudanças ainda mais velozes: Z (1997 a 2020) e Alpha (nascidos a partir de 2010). Para entender melhor, é preciso um exemplo: na geração dos Baby Boomers, alguns comportamentos dos pais eram diferentes da geração dos filhos da geração X, e hoje muitos pais que são Millennials percebem que veem a vida de forma totalmente diferente dos seus próprios pais. Cada geração vai apresentar como forma “correta” de criação de filhos as características das pressões que moldaram seus próprios comportamentos até a fase adulta. Características das gerações Geração Silenciosa (nascidos entre 1927-1946): as pessoas viveram em um período de grande instabilidade econômica devido às guerras mundiais, o conceito de amor era trabalhar duro para sustentar os filhos, eram mais distantes e as crianças ficavam mais “soltas”. Baby Boomers (nascidos entre 1946-1964): nascidos no pós-guerra, essas pessoas passaram a gerenciar todos os aspectos da vida dos filhos, com um protecionismo muito maior. Geração X (nascidos entre 1965 a 1981): cresceram para serem adultos responsáveis e independentes, mas com uma certa aversão ao risco devido ao protecionismo que sofreram, no entanto, já começaram a mostrar aos filhos a necessidade da empatia e consciência social. Geração Y (Millenials, nascidos entre 1981 a 1996): em geral, esses pais, já vivenciam as muitas mudanças rápidas na sociedade, por isso, não têm medo de mudar, adotam uma abordagem mais responsiva para interagir com os filhos e os ensinam a ter uma mente mais aberta. Porém, precisam lidar agora com as demandas das novas gerações, que são nativas digitais, e adotam naturalmente o uso da tecnologia e são mais imediatistas. Porém, necessitam de equilíbrio neste uso (redes sociais e outras formas de relacionamento virtual) e um cuidado para desenvolver as competências socioemocionais. Como gerenciar as diferenças das gerações? As pressões emocionais e cognitivas das gerações anteriores na época da adolescência foram bem diferentes das pressões das gerações atuais, por isso, não é possível saber o que é melhor ou pior em cada momento, o que pode ser dito é que existem as questões que devem ser gerenciadas por competências necessárias em cada época. Muitas vezes, as diferenças de gerações podem gerar atrito quando os pais querem que os filhos respondam às questões da mesma forma que eles, porque foram ensinados daquele jeito. Com isso, estabelecem uma autoridade que pode ser interpretada pelos filhos como uma repressão, e eles, por sua vez, acabam adotando comportamentos para irritar os pais, especialmente, na adolescência. Os jovens podem buscar a companhia de outros amigos que também se sentem reprimidos, e acabam querendo ter mais privacidade, o que, muitas vezes, os pais não permitem pela necessidade de protegê-los. Então, pode ocorrer um distanciamento entre eles. Em muitas vezes, os pais e filhos podem sentir que se estabeleceu uma grande barreira em termos de objetivos, ideais, crenças ou valores. Para que isso não ocorra, é preciso que os pais tomem algumas iniciativas: Entenda que as gerações são diferentes e respeite essas diferenças; Abra espaço para o diálogo, para que o filho exponha o que o aflige. Faça um esforço para ter uma comunicação saudável, respeitosa e aberta, com uma escuta atenta e interessada; Acolha as dificuldades dos filhos e não se coloque em um papel de autoridade total; Apresente ao seus filhos as suas razões de forma serena e clara; Procure entender mais o mundo que o seu filho está inserido e como ele o enxerga; Valorize as competências do filho dentro desse novo mundo. Caso essa barreira não seja rompida, é preciso sim buscar ajuda de um terapeuta, que poderá estabelecer essa ponte de diálogo e de compreensão mútua. Conclusão No Colégio Planck, um dos pilares pedagógicos é o desenvolvimento das habilidades socioemocionais. Além disso, as questões relacionadas ao emocional do estudante e de suas famílias podem ser apresentadas para a Orientação Educacional, que faz o acolhimento e promove uma escuta ativa para estabelecer uma boa comunicação entre todos.
Pais e filhos – Colégio Planck

Autonomia é uma das habilidades socioemocionais mais importantes na vida de uma pessoa. Será que é possível ensinar alguém a ser autônomo? E nossos filhos? Como podemos ajudá-los a desenvolver essa característica?

Leia esse texto para conferir 5 dicas para auxiliar como desenvolver autonomia nos filhos.

O que quer dizer autonomia?

Autonomia é uma palavra que vem do grego e quer dizer competência para gerir a própria vida, ou seja, se autogovernar. Só pela definição dá a medida da importância dessa habilidade socioemocional na vida de alguém. Uma pessoa autônoma é livre em suas decisões e tem consciência de suas ações. 

O ideal é começar a estimular essa habilidade ainda na fase infantil, para que aprendam a ter mais independência, senso de proatividade e serem adultos maduros emocionalmente. Quando alguém é autônomo tem o controle da própria vida e não depende da influência de terceiros em suas decisões e ações.

Muitas vezes, as crianças já manifestam o desejo de serem mais independentes dos responsáveis em muitos aspectos nesta fase, por exemplo, sobre o que vestir ou o que comer.

A adolescência é o segundo momento no qual essa habilidade desponta, e é muito importante que seja estimulada, porque é quando os estudantes começam a tomar as primeiras decisões grandiosas para as suas vidas, como a escolha de uma carreira ou em qual cidade querem morar quando estiverem cursando a universidade.

Se um adolescente for extremamente dependente dos responsáveis, pode, por exemplo, não saber lidar com as questões que irão surgir em seu dia a dia quando morar distante.

Evidentemente, todos os responsáveis querem que os filhos cresçam independentes, sejam felizes, produtivos e saibam lidar com situações difíceis e frustrações, ou seja, prontos para o futuro. Porém, algumas ações dos pais e responsáveis podem também prejudicar o desenvolvimento da autonomia deles, como não deixá-los decidir ou fazer tudo por eles. É preciso prestar muita atenção ao confundir cuidado com excesso de zelo.

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Como desenvolver autonomia nos filhos?

Na adolescência, o desejo de autonomia pode ser um pouco conflitante, porque ao mesmo tempo que os filhos querem ser independentes e autônomos, em diversas situações, preferem que a família fique responsável por algumas decisões que deveriam tomar.

Então, como estimulá-los a desenvolver esse senso de autonomia, que tanto irá ajudá-los nos momentos futuros da vida? Conheça algumas dicas:

1 – Possibilite o autoconhecimento

A autonomia para tomada de decisões está ligada a fatores emocionais, comportamentais e de valores recebidos. Por isso, é importante permitir desde cedo que o filho manifeste suas opiniões, porque isso vai ajudá-los na construção da própria personalidade. Quando o jovem tem a oportunidade de entender quem ele é, o que pensa e o que quer, fica mais fácil desenvolver a própria autonomia.

2 – Ensine responsabilidade

Nas fases escolares, algumas medidas podem já começar a ensinar as crianças no desenvolvimento da autonomia, por exemplo, conferindo a eles algumas responsabilidades que podem envolvê-los individual ou coletivamente, como ficar responsável por alguma tarefa doméstica (arrumar a própria cama); organizar o material escolar na volta às aulas ou até mesmo deixar a seu critério escolher a roupa que irá vestir em algum programa familiar.

A família pode aumentar gradativamente essas responsabilidades na adolescência, o que vai treiná-los para um período no qual precisarão tomar algumas medidas sozinhos, baseadas em seu próprio senso de proatividade e autonomia, como organizar sua própria agenda escolar, estudar para provas e simulados, pesquisar sobre a própria carreira ou preencher formulários para os processos seletivos em tempo.

Dessa forma, não necessitam que a família os cobre o tempo todo de suas responsabilidades, e não irão justificar-se e culpar outros por suas falhas. 

3 – Sempre abra espaço para a liberdade de escolha

Estimulando a autonomia nas pequenas decisões, desde crianças, os filhos podem começar a perceber que todas as ações dependem de uma escolha e terão suas consequências. Assim, eles começam a entender se suas decisões foram boas ou ruins, e também aprendem a desenvolver autonomia a partir desse conhecimento, ou seja, descobrem que podem aprender com os seus próprios erros. 

Mas não critique os erros, ajude-os a lidar com as próprias frustrações e a refletir melhor sobre as próprias decisões.

Esse treino será muito importante quando ele estiver à época de escolher uma carreira, quando a autonomia será essencial. Nesta fase, precisará ter autonomia para escolher o que será melhor para o que vislumbra da sua vida futura, e não baseado na expectativa da família ou da sociedade.

4 – Ensine-os a solucionar problemas

A competência para solucionar problemas é uma das mais valorizadas hoje no mercado de trabalho. Quando os adolescentes aprendem a solucionar os próprios problemas, aprendem a não depender da ação de outros.

Isso não significa que os responsáveis não possam orientá-los sobre o caminho a seguir, podem sim ajudá-los a fazer as perguntas certas, mas não devem entregar a solução sempre pronta, sem que eles reflitam a respeito ou tenham a oportunidade de enxergar o próprio caminho. 

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Estudantes Colégio Planck

5 – Dialogue sempre

Quando os responsáveis mantêm diálogo aberto e constante com os filhos, passando orientações para que eles tomem suas próprias decisões, façam as próprias escolhas e sejam responsáveis, também vão conferir aos jovens a segurança para desenvolver a autonomia, porque sabem que estão bem apoiados em suas iniciativas.

Conclusão

O Colégio Planck tem entre os seus pilares o alto desempenho e o desenvolvimento das habilidades socioemocionais. 

Em meio ao desenvolvimento das habilidades socioemocionais, em todas as atividades pedagógicas e extracurriculares, estimula a autonomia dos seus estudantes, para que eles sejam protagonistas de suas próprias histórias.

Junto com a autonomia, aprendem a tomar decisões de forma responsável, ter foco,  organização, determinação e persistência. 

Assim, o Colégio Planck tem o firme objetivo de desenvolver um ser humano que seja mais  autônomo, ético, relevante e competente em todos os processos que irá vivenciar em seu futuro.

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