Autonomia é uma das habilidades socioemocionais mais importantes na vida de uma pessoa. Será que é possível ensinar alguém a ser autônomo? E nossos filhos? Como podemos ajudá-los a desenvolver essa característica?
Leia esse texto para conferir 5 dicas para auxiliar como desenvolver autonomia nos filhos.
O que quer dizer autonomia?
Autonomia é uma palavra que vem do grego e quer dizer competência para gerir a própria vida, ou seja, se autogovernar. Só pela definição dá a medida da importância dessa habilidade socioemocional na vida de alguém. Uma pessoa autônoma é livre em suas decisões e tem consciência de suas ações.
O ideal é começar a estimular essa habilidade ainda na fase infantil, para que aprendam a ter mais independência, senso de proatividade e serem adultos maduros emocionalmente. Quando alguém é autônomo tem o controle da própria vida e não depende da influência de terceiros em suas decisões e ações.
Muitas vezes, as crianças já manifestam o desejo de serem mais independentes dos responsáveis em muitos aspectos nesta fase, por exemplo, sobre o que vestir ou o que comer.
A adolescência é o segundo momento no qual essa habilidade desponta, e é muito importante que seja estimulada, porque é quando os estudantes começam a tomar as primeiras decisões grandiosas para as suas vidas, como a escolha de uma carreira ou em qual cidade querem morar quando estiverem cursando a universidade.
Se um adolescente for extremamente dependente dos responsáveis, pode, por exemplo, não saber lidar com as questões que irão surgir em seu dia a dia quando morar distante.
Evidentemente, todos os responsáveis querem que os filhos cresçam independentes, sejam felizes, produtivos e saibam lidar com situações difíceis e frustrações, ou seja, prontos para o futuro. Porém, algumas ações dos pais e responsáveis podem também prejudicar o desenvolvimento da autonomia deles, como não deixá-los decidir ou fazer tudo por eles. É preciso prestar muita atenção ao confundir cuidado com excesso de zelo.
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Como desenvolver autonomia nos filhos?
Na adolescência, o desejo de autonomia pode ser um pouco conflitante, porque ao mesmo tempo que os filhos querem ser independentes e autônomos, em diversas situações, preferem que a família fique responsável por algumas decisões que deveriam tomar.
Então, como estimulá-los a desenvolver esse senso de autonomia, que tanto irá ajudá-los nos momentos futuros da vida? Conheça algumas dicas:
1 – Possibilite o autoconhecimento
A autonomia para tomada de decisões está ligada a fatores emocionais, comportamentais e de valores recebidos. Por isso, é importante permitir desde cedo que o filho manifeste suas opiniões, porque isso vai ajudá-los na construção da própria personalidade. Quando o jovem tem a oportunidade de entender quem ele é, o que pensa e o que quer, fica mais fácil desenvolver a própria autonomia.
2 – Ensine responsabilidade
Nas fases escolares, algumas medidas podem já começar a ensinar as crianças no desenvolvimento da autonomia, por exemplo, conferindo a eles algumas responsabilidades que podem envolvê-los individual ou coletivamente, como ficar responsável por alguma tarefa doméstica (arrumar a própria cama); organizar o material escolar na volta às aulas ou até mesmo deixar a seu critério escolher a roupa que irá vestir em algum programa familiar.
A família pode aumentar gradativamente essas responsabilidades na adolescência, o que vai treiná-los para um período no qual precisarão tomar algumas medidas sozinhos, baseadas em seu próprio senso de proatividade e autonomia, como organizar sua própria agenda escolar, estudar para provas e simulados, pesquisar sobre a própria carreira ou preencher formulários para os processos seletivos em tempo.
Dessa forma, não necessitam que a família os cobre o tempo todo de suas responsabilidades, e não irão justificar-se e culpar outros por suas falhas.
3 – Sempre abra espaço para a liberdade de escolha
Estimulando a autonomia nas pequenas decisões, desde crianças, os filhos podem começar a perceber que todas as ações dependem de uma escolha e terão suas consequências. Assim, eles começam a entender se suas decisões foram boas ou ruins, e também aprendem a desenvolver autonomia a partir desse conhecimento, ou seja, descobrem que podem aprender com os seus próprios erros.
Mas não critique os erros, ajude-os a lidar com as próprias frustrações e a refletir melhor sobre as próprias decisões.
Esse treino será muito importante quando ele estiver à época de escolher uma carreira, quando a autonomia será essencial. Nesta fase, precisará ter autonomia para escolher o que será melhor para o que vislumbra da sua vida futura, e não baseado na expectativa da família ou da sociedade.
4 – Ensine-os a solucionar problemas
A competência para solucionar problemas é uma das mais valorizadas hoje no mercado de trabalho. Quando os adolescentes aprendem a solucionar os próprios problemas, aprendem a não depender da ação de outros.
Isso não significa que os responsáveis não possam orientá-los sobre o caminho a seguir, podem sim ajudá-los a fazer as perguntas certas, mas não devem entregar a solução sempre pronta, sem que eles reflitam a respeito ou tenham a oportunidade de enxergar o próprio caminho.
5 – Dialogue sempre
Quando os responsáveis mantêm diálogo aberto e constante com os filhos, passando orientações para que eles tomem suas próprias decisões, façam as próprias escolhas e sejam responsáveis, também vão conferir aos jovens a segurança para desenvolver a autonomia, porque sabem que estão bem apoiados em suas iniciativas.
Conclusão
O Colégio Planck tem entre os seus pilares o alto desempenho e o desenvolvimento das habilidades socioemocionais.
Em meio ao desenvolvimento das habilidades socioemocionais, em todas as atividades pedagógicas e extracurriculares, estimula a autonomia dos seus estudantes, para que eles sejam protagonistas de suas próprias histórias.
Junto com a autonomia, aprendem a tomar decisões de forma responsável, ter foco, organização, determinação e persistência.
Assim, o Colégio Planck tem o firme objetivo de desenvolver um ser humano que seja mais autônomo, ético, relevante e competente em todos os processos que irá vivenciar em seu futuro.
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