Sabemos que é importante desenvolver as habilidades socioemocionais, mas não só para o desempenho escolar, como também para o desenvolvimento pessoal de cada indivíduo.
Desenvolver essas competências auxilia o estudante a gerenciar melhor suas emoções, para que consigam analisar cada situação de forma mais racional e tomar decisões mais assertivas.
Essa capacidade é uma vantagem, especialmente em situações em que as emoções estão mais afloradas e atrapalham o julgamento, mas não pense que isso ocorre apenas com pessoas despreparadas.
Apesar do ser humano ser considerado um animal racional, cerca de 90% das nossas decisões são influenciadas por emoções, ou seja, somos muito mais emocionais do que racionais.
E quando dizemos racionais, queremos dizer sobre a capacidade de controlar todas as nossas ações, pensamentos e sentimentos. Ser um ser racional vai muito além do seu potencial de desenvolvimento intelectual ou de raciocínio lógico.
Enfim, o ser humano é muito mais complexo do que parece ser. Então, como podemos esperar que os estudantes consigam ter domínio sobre emoções? Há formas de praticar o controle emocional, mas para isso, é necessário entender como as emoções funcionam.
Neste conteúdo, preparamos um emocionário de cada série, isto é, um dicionário de emoções para você entender melhor quais delas estão se desenvolvendo e como afetam as crianças e adolescentes.
Assim, tanto os pais quanto os filhos serão capazes de identificá-las com mais precisão e gerenciá-las de forma mais saudável.
Como os sentimentos influenciam os estudantes?
Somos seres influenciados pelas emoções, mas isso ocorre de uma forma inconsciente, que não percebemos no dia a dia.
Ao se deparar com uma situação, nosso encéfalo recorre às nossas memórias, para encontrar uma experiência similar e, assim, agir da mesma forma. E isso se baseia não só nos comportamentos, como também nos sentimentos.
Vamos supor que um estudante não estudou o suficiente para apresentar um trabalho na frente de sua turma. O professor fez várias perguntas que não soube responder, o que o deixou nervoso, não só porque o educador poderia perceber que estava despreparado, como também por temer uma nota baixa.
Essa situação pode desencadear emoções de culpa e vergonha, que serão lembrados futuramente.
Em um próximo projeto, mesmo que o estudante saiba todo o conteúdo, ele pode ficar tão ansioso que seu desempenho também pode ser comprometido. Isso porque ele passou a associar apresentações com sentimentos negativos.
Recorrer às memórias também é um mecanismo que o encéfalo encontrou para economizar energia. Ao se basear em experiências passadas, ele não precisa gastar muita energia para pensar ou encontrar uma solução.
É por isso que ao arrumar a mochila todos os dias, é normal que o estudante não se lembre se guardou ou não de um material específico. Como é uma tarefa realizada todos os dias, agora, ela passa a ser feita de forma automática, sem pensar.
Dessa forma, o órgão consegue direcionar energia para tarefas ou situações novas, que precisam de uma resposta que ainda não é conhecida. No colégio, aprendemos a tabuada de multiplicação, de 1 a 10, que não exige mais tanto esforço. Mas fazer uma conta de multiplicação de 1327 x 9647 exige mais esforço, ou seja, energia para pensar.
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Quais são as emoções mais afloradas em cada idade?
Além de nossas decisões serem influenciadas pelas emoções, há um outro fator que também interfere no desenvolvimento das habilidades socioemocionais: o desenvolvimento do encéfalo, mais precisamente, do córtex pré-frontal, que acompanha o crescimento dos estudantes.
Apesar de já nascermos como o órgão bem desenvolvido, ele só termina de se desenvolver por volta dos 25 anos de idade. Ele é responsável pelos comportamentos, senso comum, julgamento e funções sociais, noções de certo e errado e de perigo.
Além disso, está associado às emoções, raciocínio, atenção, percepção sensorial e compreendimento da linguagem.
Por isso, os estudantes só conseguem desenvolver habilidades socioemocionais que estejam dentro da capacidade da sua idade. Portanto, é natural que algumas emoções fiquem mais afloradas em cada fase, especialmente quando os estudantes vão se deparando com situações nunca vistas.
Enfim, para saber melhor lidar com as emoções, é necessário identificá-las, assim como respeitá-las. Acompanhe o emocionário de cada série e idade para saber o que esperar e como ajudar seus filhos:
Até os 3 anos de idade
Nesta fase de idade, as crianças podem receber uma educação em casa, ou já ter iniciado sua vida escolar na creche, no berçário ou na pré-escola.
Do nascimento até os 3 anos, elas podem sentir medo, tristeza ou dor, assim como de alegria e amor. Tudo isso dentro dos acontecimentos esperados da fase, como nascimento dos dentes, câimbras, colo da mãe ou ficar longe de seus pais.
Dos 4 aos 6 anos de idade
Aqui, as crianças estão um pouco mais desenvolvidas e, aos 6 anos de idade, podem ingressar no 1º ano do Ensino Fundamental.
Aqui, ainda é uma fase que estão aprendendo a lidar com suas emoções, mas elas fazem isso se espelhando em seus pais, tios, primos ou irmãos mais velhos.
Por isso, é muito importante dar bons exemplos em casa, e já começar a ensinar as crianças como identificar, nomear suas emoções e gerenciá-las, especialmente as emoções negativas.
Contudo, é essencial que tenham o apoio dos pais, pois o cancelamento das emoções pelos adultos pode fazer com que a criança sinta vergonha e não expresse o que está sentindo, que tenha problemas em gerenciar suas emoções no futuro ou que não é importante.
Dos 7 aos 10 anos de idade
Do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental, as crianças começam a ter uma compreensão mais aprofundada sobre suas emoções, não só sobre o que foram ensinadas.
Por isso também, começam a entender o sentimento dos outros também, ou seja, começam a desenvolver empatia, mas isso ocorre desde que as habilidades socioemocionais estejam sendo desenvolvidas.
Enfim, essa habilidade pode ser vista tanto em casa, com a compreensão das tarefas dadas pelos pais, quanto com a cooperação com os colegas em sala de aula.
Dos 11 aos 14 anos de idade
Do 6º ano 9º do Ensino Fundamental, os pré-adolescentes começam a se deparar com um turbilhão de emoções, que é bastante influenciado pela entrada na puberdade, ou seja, da produção de hormônios.
Nesse período, suas emoções entram em conflito constantemente, alegria e tristeza, raiva e culpa, vergonha e medo.
Além disso, é uma fase que começam a encontrar sua própria personalidade: quem são no mundo, quais são seus gostos, qual grupo se identifica mais?
Dos 15 aos 18 anos de idade
Durante o Ensino Médio, até depois da sua formatura, os adolescentes ainda estão em conflito com quem são, tentando se encontrar no mundo, e para complicar ainda mais, é iniciada a pressão pelos vestibulares. Por isso, podem achar que não são compreendidos pelos seus pais.
Quando os estudantes não têm o apoio de seus pais, e o desenvolvimento das habilidades socioemocionais não foram estimuladas, podem entrar na fase da rebeldia. Essa é uma forma de se dissociarem dos ensinamentos da vida familiar e de se encaixarem em um outro grupo social, que acreditam ser mais compatível.
Contudo, quanto contam o devido apoio, além de conseguirem gerenciar suas emoções, direcionam sua energia para decidirem seu futuro.
Como o Colégio Planck ajuda no gerenciamento das emoções?
O Colégio Planck adota uma abordagem educacional que valoriza não apenas o conhecimento acadêmico, mas também o desenvolvimento das habilidades socioemocionais.
Nossa metodologia enfatiza o protagonismo estudantil, no qual os estudantes são incentivados a explorar e compreender suas próprias emoções, bem como a desenvolver a empatia e o autocontrole.
Com os projetos interdisciplinares, atividades práticas e debates em grupo, os estudantes são desafiados a buscar soluções e pensar de forma crítica, o que ajuda a fortalecer sua inteligência emocional.
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