Pais e educadores sabem a importância de garantir que as crianças e adolescentes se sintam apoiados em suas variadas fases de desenvolvimento, porque podem surgir situações que são desafiadoras e que vão afetar muito a saúde mental deles.
Ter um contato próximo, observar a conduta dos estudantes e apresentar formas de manter suas emoções em equilíbrio está entre iniciativas que podem ocorrer tanto em casa quanto na escola. Veja aqui algumas dicas para auxiliar os estudantes.
Por que cuidar da saúde mental de crianças e adolescentes?
Quando surge o assunto saúde mental, muitas pessoas podem considerar que esse tema é dedicado apenas aos adultos. Muito pelo contrário, atualmente, é necessário observar bem de perto como anda o emocional dos estudantes das mais variadas faixas etárias.
Dar essa atenção desde os primeiros anos, pode ajudá-los a entender e gerenciar as próprias emoções, o que é imprescindível para o bem-estar na fase da educação básica.
Assim, observar e falar sobre a saúde mental das crianças e adolescentes é essencial, especialmente depois da pandemia, quando muitos estudantes vivenciaram perdas de familiares, separação de amigos, rompimento brusco de suas rotinas escolares e até situações econômicas desfavoráveis devido ao desemprego dos pais.
Somando tudo isso a outras questões que já são comuns, como as incertezas que surgem a partir da puberdade, e o excesso de informação digital, a saúde mental dos estudantes pode pagar um preço alto.
De acordo com informações do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), pelo menos 1 em cada 7 crianças foi afetada pelos lockdowns, com prejuízo para o convívio social, educação, economia e saúde. Uma das explicações é que as crianças completam o seu processo de socialização na escola e tiveram uma parte de suas vidas “roubada” por esse acontecimento global, que impôs novas regras.
Assim, aconteceu um perceptível aumento da ansiedade e depressão entre os estudantes em escala global a partir desse fato.
Além dos efeitos pós-pandemia, os problemas de saúde mental em crianças e adolescentes também podem ocorrer por outros fatores, como:
- Falta de afeto;
- Cobrança exagerada dos pais ou responsáveis;
- Excesso de tecnologia em suas variadas vertentes, como a exposição digital;
- Outros traumas.
Como funciona o cérebro das crianças e adolescentes?
O cérebro das crianças apresenta um crescimento bastante rápido na primeira infância. Nesta fase, a parte cerebral ativa ainda é o sistema límbico, responsável pela memória, emoções, impulsos e instinto.
As habilidades socioemocionais começam a se desenvolver na adolescência, a partir da modelação do córtex pré-frontal, que responde pelo autocontrole, pensamento crítico, atenção, planejamento, tomada de decisão, avaliação de consequências e diversas outras competências que serão importantes ao longo da vida.
São as mudanças hormonais e as diversas experiências que os jovens vivenciam que vão modelando suas habilidades de gerenciar as emoções.
É por não ter essa parte do cérebro totalmente modelada que ainda podem existir comportamentos semelhantes aos infantis na adolescência, como uma certa agressividade, somada à cascata hormonal que está ocorrendo no organismo.
Alguns fatos, como discussões com os pais, desavenças com amigos, um problema de relacionamento amoroso ou até a frustração com o próprio desempenho escolar podem tomar uma dimensão muito grande e gerar problemas emocionais maiores.
Gerir bem as próprias emoções é uma capacidade que é refinada com o tempo. A maturidade emocional do cérebro só pode ser considerada quando uma pessoa tem em torno de 25 anos.
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Como perceber se o estudante tem um problema de saúde mental?
Quando os estudantes estão com problemas psicológicos, existem alguns sinais que apontam um possível transtorno e que devem ser chamar a atenção dos pais, por exemplo, quando eles deixam de fazer atividades que antes consideravam prazerosas. Além desse, outros sinais de alerta são:
- Isolamento social;
- Pessimismo;
- Dificuldade de concentração;
- Tristeza;
- Inseguranças;
- Dificuldades emocionais.
Os pais e responsáveis também devem ficar atentos se perceberem alguns sinais de um transtorno de ansiedade. Quando uma criança ou estudante está com uma crise, existem alguns sintomas que são bastante perceptíveis, como:
- Falta de ar;
- Coração acelerado;
- Crise de choro;
- Suar demasiadamente;
- Dificuldades emocionais, etc.
Quando a criança ou adolescente manifesta algum desses comportamentos, é preciso investigar o que está ocorrendo em seu entorno e buscar soluções.
O que os pais e responsáveis podem fazer?
Os pais precisam estar próximos e abertos ao diálogo para ajudar as crianças e adolescentes que estão passando por crises emocionais. Além disso, também deve manifestar as próprias habilidades socioemocionais para servir como exemplo de conduta positiva para os estudantes.
Mas o primeiro passo é criar uma estrutura familiar saudável e tranquila que possa fortalecê-los nos momentos de crises, depois é preciso sempre observar de perto, manifestando acolhimento e empatia, deixando que os filhos se expressem, para ter conhecimento sobre o que eles estão passando e sentindo.
Sempre que possível, elogie as conquistas deles, para que eles desenvolvam mais autoestima e autoconfiança.
Nunca é tarde para oferecer um abraço, uma escuta atenta e interessada. Mas se o problema for maior do que a capacidade que os pais têm para resolver, então é hora de buscar ajuda profissional, como uma terapia.
Como o Planck cuida da saúde mental dos estudantes?
As equipes pedagógicas do Colégio Planck são sempre orientadas a observar o comportamento dos estudantes e avaliar se existem sinais de possíveis transtornos emocionais para buscar uma solução em parceria com os pais.
Além disso, a equipe da Orientação Pedagógica também oferece portas abertas aos estudantes para que manifestem seus medos, receios e até peçam ajuda caso esteja sentindo algum tipo de prejuízo em sua saúde mental.
Neste momento, as crianças e adolescentes receberão acolhimento e um laço de confiança será estabelecido entre eles e suas famílias.
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